terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Labirinto de Paulo Bento

Não está fácil a vida de Paulo Bento. Normal na vida de um treinador. Poucos são incontestáveis, nem mesmo os mais competentes, como José Mourinho, o são. Em Portugal, quando não se ganha é comum haver protestos por parte de adeptos (entre outros). Nada de muito anormal, tendo em consideração o fervor e a visão sempre apaixonada do povo latino. Agora, quando em termos de resultado não há grandes motivos para contestação, e mesmo assim ela existe, torna-se, no mínimo, estranho.

Na selecção portuguesa vive-se essa trama/enredo, digna de uma produção "hollywoodesca". Numa hora herói (qual D. Sebastião!) e elemento agregador, noutra vilão e "separatista". 

Desde os tempos do Sporting que Paulo Bento sempre seguiu fiel aos seus princípios, sem se interessar se isso iria contra os interesses do clube que representava. Durante o seu percurso em Alvalade, nunca teve problemas em afastar qualquer jogador, tivesse ele a importância que tivesse. Desde conflitos inultrapassáveis, como os de Carlos Martins e Stoijkovic, aos semi-conflitos de Nani e Miguel Veloso, tudo aconteceu no clube.

Na selecção começou por ser uma lufada de ar fresco. "O elemento que faltava!", diziam uns, "O homem que fala a mesma linguagem dos jogadores!", afirmavam outros. A verdade é que Paulo Bento começou bem, recuperando alguns jogadores que pareciam distantes da selecção após os acontecimentos do Mundial da África do Sul, período em que teve algumas contrariedades dada a renúncia de alguns jogadores. Passados alguns meses voltaram os problemas para o seleccionador, com Ricardo Carvalho a "desertar" de um treino da selecção orientado pelo "mercenário" Paulo Bento; Danny teve um pedido de dispensa no mínimo estranho, seguido de uma lesão em vésperas do playoff com a Bósnia; e mais recentemente, as sucessivas não-convocações de Bosingwa, que levaram o jogador a recusar-se jogar sob o comando do actual seleccionador.

Em nenhum dos casos atrás referidos, tanto no Sporting como na Selecção, questiono a razão que o treinador/seleccionador teve em cada um deles. Limito-me a verificar que há em todos os casos, à primeira vista, um denominador comum: Paulo Bento. E de forma mais aprofundada, identifica-se Jorge Mendes, como representante da maioria dos jogadores que já entraram em conflito com o técnico (Miguel Veloso, Nani, e mais recentemente Ricardo Carvalho, Bosingwa e Danny), o que é estranho, visto que à partida Paulo Bento terá entrado na selecção com a bênção do seu influente empresário  e do seu "cabeça-de-cartaz" José Mourinho, e terá, numa primeira instância, através da sua "estranha" convocação assídua, contribuído para a valorização de Rúben Micael, também ele representado pelo empresário, entre outros.

Confesso que, da mesma maneira que admirei a intensidade, afinco e coragem com que Bento defendia as suas ideias, os seus princípios e as instituições que representava, acho que neste momento cai no ridículo da teimosia. Não se pode aceitar que ponha as suas intrigas pessoais acima dos interesses da "instituição" que representa. Mais uma vez o afirmo, não digo que não tenha razão em qualquer uma das intrigas, mas a verdade é que ele se apresenta como denominador comum a todas elas. Mais, acredito que há estórias dentro da história que nos contaram sobre o conflito com Ricardo Carvalho e com Bosingwa que ainda não foram reveladas. Acerca da opção na lateral direita pergunto: Será que João Pereira dará mais garantias psicológicas/emocionais do que o lateral do Chelsea? Creio que no jogo contra o U. de Leiria, ao pisar um colega de profissão, tivemos a resposta.

A linha que separa a forma escrupulosa com que aplica e defende os seus princípios e a teimosia é muito ténue e facilmente transponível. Creio que há um ditado brasileiro que se ajusta ao momento: quando um não quer dois não briga.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Elo Mais Fraco?

O FC Porto não está bem. Diz a maioria. Como culpado, elege-se Vitor Pereira. Será justo? Não terá havido demasiadas situações mal resolvidas, inclusivé a sua própria escolha como treinador principal?

O FC Porto vinha de uma época esplendorosa. Além dos títulos conquistados, os azuis-e-brancos apenas perderam 4 jogos oficiais durante toda a época (Benfica, Taça de Portugal; Nacional, Taça da Liga; Sevilha e Valência - Liga Europa), sendo que apenas o desaire frente ao Nacional fez com que a equipa não conquistasse o troféu em causa. Foram 58 jogos, 49 vitórias, 5 empates e 4 derrotas. Com a saída compreensível de André Villas-Boas, criou-se um vazio difícil de preencher, tendo a escolha recaído sobre Vitor Pereira, anterior adjunto de AVB. O Presidente do FC Porto "jogou" com a velocidade de resposta, como forma de deixar parecer que a saída do agora treinador do Chelsea já estaria programada e apalavrada. A meu ver, Pinto da Costa, reagiu, em vez de agir. Considerou que mais valia uma resposta pronta, mas de risco, que uma não-resposta.

Após uma época de sucesso, tal como as de Mourinho, o problema da sucessão de treinador, para a maioria, voltou a não ter sido bem resolvida. Mas vejamos. Em primeiro lugar, Vitor Pereira tem a competência que tem, ponto. Quem o contratou sabia o que estava a contratar, já o conhecia. Logo ele não pode ser culpado, por falta de competência. O próprio clube é que deve ser responsabilizado, caso o actual treinador não vingue. Além disso, o sucesso não assenta somente na competência, embora no FC Porto, dada a sua excelente organização, por vezes isso seja suficiente. O facto de Vitor Pereira ter reentrado como treinador adjunto, podia desde logo ter inviabilizado a escolha deste como sucessor de AVB, por uma questão de estatuto, ou falta dele, perante os jogadores.

Se noutras épocas o FC Porto entendeu que haveria lugar a uma revolução, com a venda dos principais activos, após um ano de sucesso, assim não o fez nesta época. Arriscou-se uma boa prestação na Champions League (ainda é possível o apuramento). Foram muitos os casos "mal resolvidos", com jogadores a manifestarem desejo de sair, e posteriormente, a serem reintegrados no plantel como se nada se tivesse passado. Álvaro Pereira terá sido o caso mais gritante, com uma transferência que aparentemente foi dada como certa, tendo falhado a participação na Supertaça Europeia, o que pode ter sido uma das razões para a não-conquista deste troféu. Fernando também deu, e continua a dar, problemas, entre outros...

No entanto, e na minha opinião, a principal razão para o FC Porto aparentemente estar mais fraco, está na saída de Falcao, que não foi devidamente colmatada. Assim, Varela e Hulk parecem estar a desvalorizar. O facto de não haver Falcao obrigou os alas do Porto a ser mais individualistas, facto em que Varela, inerente às suas características, não se sente tão à vontade. Já o ADN de Hulk, "admite" este estilo de jogo mas as coisas não tem saído bem, consequência da aleatoriedade deste tipo de jogo. Kleber até pode vir a ser substituto do colombiano, mas para já não está suficientemente enraizado nas manobras da equipa. Até se Kleber, por hipótese, tiver sucesso na próxima época, continuo com a opinião de que a saída de Falcao foi mal preparada, pois, como vem sendo hábito no clube, a solução para determinada contrariedade está dentro do plantel.

É inegável que a equipa do FC Porto está menos "ligada" que a época anterior, menos pressionante e menos esclarecida. No entanto, atribuir culpas exclusivamente a Vitor Pereira parece-me errado. Até porque até, ao momento, o treinador do FC Porto, ganhou a Supertaça Portuguesa, mantém a serie invicta de 48 jogos para o campeonato e depende apenas de si para passar à próxima fase da Champions.

sábado, 22 de outubro de 2011

O Xadrez do Futebol

Longe vão os tempos em que ganhar dentro das quatro linhas era mais importante que vencer fora delas. Os bastidores do futebol ganham cada vez maior preponderância, e a corrida aos lugares do poder torna-se frenética. 

Relativamente ao tema eleições na FPF, ouvi, num programa de opinião desportiva, uma comparação muito feliz e de fácil percepção. Um comentarista comparou o FC Porto a um grande mestre de xadrez a realizar uma partida simultânea com outros jogadores de menor expressão, afirmando, na minha opinião, de forma bastante assertiva, que jogava em todos os tabuleiros, entenda-se, de forma mais concisa e objectiva, que o clube tinha ou pode vir a ter voz activa dentro de qualquer candidatura à presidência da FPF que já exista ou que possa vir a existir. Não podia estar mais de acordo.

No decorrer desta semana, e com alguns desenvolvimentos "interessantes" relativos ao tema eleições na FPF, pode verificar-se que não apenas o FC Porto se movimenta em todas as candidaturas. Embora de forma diferente, SL Benfica e Sporting CP, vão movimentando algumas peças no xadrez das candidaturas. O Benfica, de forma clara, depois de colocar Humberto Coelho na lista de Fernando Gomes, vê Fernando Seara ser indicado como Presidente da Assembleia Geral da FPF da Lista de Carlos Marta. Já o Sporting vê o seu Presidente apoiar Fernando Gomes e o administrador da SAD, Luís Duque, em sentido contrário (ou não) ao representante máximo do clube, aprovar a candidatura do Presidente da Câmara Municipal de Tondela. 

Há duas leituras possíveis desta forma de actuar: uma menos conspirativa, quero acreditar que menos acertada, de que há uma divisão no seio do clube de Alvalade, que caso se confirme essa cisão seria desastroso; outra, na qual quero acreditar, que nos leva para uma interpretação mais complexa, onde se admite que todas estes "avanços e recuos" são estratégicos e que o objectivo principal do leões é, como o agora Presidente do clube afirmou ser objectivo, estar nos órgãos decisórios do futebol nacional. Resta saber se, de facto, esta estratégia do Sporting vai sortir efeito, ou se, acompanhada de maus resultados eventuais (que parecem estar longe), pode gerar uma crise directiva e desportiva nefasta para as ambições leoninas.

E também há outra situação a ter em conta neste jogo de xadrez. Será que todas estas peças são cavalos, bispos e torres, ou são...peões?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

FIFA e COI: que relação?

Os Jogos Olímpicos são, indubitavelmente, o certame desportivo mais apetecível para qualquer desportista. Pierre de Coubertin imaginou os Jogos Olímpicos (JO) com atletas amadores. Tinha as suas ideias. A evolução dos JO contribuiu decisivamente para a profissionalização dos praticantes e, como tal, passou a permitir atletas com esse estatuto.

A importância e a tradição que os JO têm ultrapassa qualquer desporto, qualquer atleta. No entanto, há dois desportos (provavelmente haverá mais) em que as suas próprias competições são mais valorizadas por parte dos seus atletas do que os JO. Falo do futebol e do ténis. O ténis encontra-se organizado de uma forma diferente. Não há um Campeonato do Mundo convencional, como no futebol, mas sim um ranking individual  actualizado semanalmente, em que o ponto alto das carreiras dos atletas é chegar a nº1 ou vencer uns quantos torneios do Grand Slam. A própria competição de selecções do ténis, a Taça Davis, perdeu a importância que noutros tempos tinha, em detrimento dos milhões de dollars dos Grand Slam's. 

Creio que no futebol, entre os seus mais altos praticantes, a partir de determinada altura deixou de existir uma cultura olímpica que tornasse esta competição num objectivo de carreira para os praticantes da modalidade, embora o futebol faça parte dos JO desde 1900, II edição.  Anteriormente a formação das equipas nacionais para participar nesta competição era livre, sem limitações. Até que em 1932 (em 1930 houve o I Campeonato do Mundo de Futebol) houve a imposição de apenas participarem atletas amadores, que perdurou até aos JO de 1980. Nas duas edições seguintes experimentou-se aceitar apenas atletas que não tivessem participado em Campeonatos do Mundo, sendo que desde 1992 até aos últimos Jogos somente atletas sub 23 (com 3 excepções). Como é óbvio estas sucessivas experiências de diversas imposições de limitações cheira a FIFA, que desta forma evita dividir o palco (e os lucros) com outra competição. 

Sendo os JO a glória máxima de um atleta e de um país, o que leva o COI a aceitar as limitações sucessivas dos participantes (com o dedo da FIFA), sendo que, parece-me óbvio, perde financeiramente com isso? Que tipo de cedências tem vindo a fazer a FIFA, para conseguir o formato da competição?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Danny "BOSMAN" Mwanga

Terramoto à vista! Os clubes europeus, na expectativa, esfregam as mãos de contentes. Com a recusa da MLS em pagar os direitos de formação do atleta Danny Mwanga ao seu clube de origem no Congo, o FC Gedeon, pode abrir-se uma excepção à lei relativa aos direitos de formação.

Passo a explicar. Danny Mwanga, nascido em Kinshasa, Congo, a 17 de Julho de 1991, jogou no FC Gedeon, segundo dirigentes deste clube, enquanto jovem. Foi para os Estados Unidos em 2006. Diz-se que o pai dele era conselheiro do antigo ditador Mobutu Sese Seko, e, por isso, teve de ir viver com a avó. Já nos EUA, voltou a jogar futebol, e chamou à atenção pelo facto de ter sido a 1ª escolha no draft (sistema de "sorteio" de jogadores) de 2010. Assinou um contrato profissional com o Philadelphia Union. Ora, o clube americano, segundo a legislação da FIFA em vigor, deve pagar um valor relativo à formação do atleta, num total de 105 mil euros. Este tipo de processos no futebol europeu é resolvido naturalmente e sem qualquer tipo de problemas, no entanto, nos EUA, a MLS recusa-se a pagar a compensação devida, alegando que uma norma interna no seu regulamento não obriga ao pagamento de tal verba. Assim sendo, pode verificar-se um terramoto com consequências inimagináveis em que os principais visados seriam os clubes ditos pequenos, por norma também eles agentes de formação de jovens jogadores.

Caso a FIFA abra este precedente, prevê-se uma reacção enérgica por parte dos clubes europeus, desejando tratamento semelhante. É um novo mar que se abre... 

A Montanha Russa do Olimpo

O Homem é o verdadeiro criador dos Deuses. No futebol, como na vida, é assim. No futebol, como na vida, o Homem busca a materialização da perfeição, uma coisa concreta, que, por mais paradoxal que possa parecer, personifique e exemplifique o alcance do inalcançável. 

Actualmente, com factor financeiro a tomar conta do, agora negócio, Futebol, assiste-se à quase simultânea ascensão e queda de Deuses descartáveis. A publicidade e os restantes órgãos de comunicação fazem-nos subir o Olimpo de uma forma tão rápida, que só mesmo o mundo real os pode obrigar a fazer o caminho inverso a uma velocidade ainda superior. 

Ronaldinho Gaucho e David Beckham creio serem dois modelos concretos, e, ultimamente,  os mais ilustrativos, desta Deusificação reciclável. Dois casos distintos, no entanto. O brasileiro tinha, e ainda tem, quase que um talento nato para o futebol. Encantou-nos, acredito que a todos, mas infelizmente por poucos anos. O seu talento não foi capaz de acompanhar a evolução da sua imagem, da capacidade em gerar dinheiro e da sua vida social, resultando isso num declínio do jogador. Foi empurrado de clube em clube até ser leiloado pelo AC Milan para o Brasil, tendo a maior licitação sido feita pelo Flamengo. Já David Beckham é um caso diferente. Não tão naturalmente talentoso, soube construir a sua carreira alicerçada principalmente na vertente negócio do futebol, onde ainda hoje dá cartas. Um nasceu para ser Deus, o outro conseguiu criar essa imagem, procurando, numa fase descendente, outros mercados futebolísticos em expansão.

Actualmente surge na antecâmara do Olimpo o FC Barcelona. De forma comum, e sem qualquer tipo de dúvidas, ouvimos a frase: "É a melhor equipa de todos os tempos!". Não é assim tão linear que, apesar do atractivo futebol praticado pelos catalães, estes sejam homenageados como a melhor equipa de sempre. De tempos a tempos surge a necessidade de classificar algum agente do jogo como "o melhor de sempre", para mais tarde ser outro "o melhor de sempre", e depois ser outro. Que o digam o Real Madrid da década de 50, o SL Benfica de 60, o Bayern de Munique de 70 e o Ajax de Cruyff da mesma década, o Brasil de 82, o AC Milan dos Holandeses, etc.

À atenção do FC Barcelona: Hoje em dia destroem-se Deuses com a mesma facilidade com que se cria.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Uma Taça, duas visões

A Taça da Liga Inglesa existe desde 1960/1961. Desde 1982, o seu nome está dependente do patrocinador, à semelhança da nossa Taça da Liga. É, das 4 competições que se disputam ao longo da época desportiva inglesa, a que os clubes menos importância atribuem. É muito comum jogadores que actuam menos minutos noutras competições serem utilizados nesta, sob pretextos variados. Uns porque pretendem simplesmente promover jovens, outros desejam que determinados jogadores recuperem índices competitivos, etc.

André Villas Boas (AVB), actual técnico do Chelsea, que partilha dessa opinião, diz que pretende "promover os jogadores jovens". Ao contrário, José Mourinho (JM), segundo AVB, cedo fez saber internamente que a Taça da Liga era um troféu a ganhar, por ser o primeiro título em disputa. Um clube, dois momentos diferentes, um objectivo idêntico: ganhar vantagem para conquistar títulos mais importantes.

JM quis ganhar vantagem conquistando ascendente psicológico sobre os mais directos adversários, AVB quer adquirir maior frescura física para se apresentar mais letal durante as competições que determinou como objectivo. 

Quando JM chega a Inglaterra, o Chelsea era um clube sem rotinas de vitória, portanto, à procura disso mesmo. Torna-se lógico que conquistar o primeiro troféu, logo em Março/Abril, era um bom aditivo psicológico para uma Premier League que, à partida, seria disputada até às últimas jornadas (Maio/Junho). Desde logo várias questões se podem levantar: 1.Haverá lugar a um "cansaço" físico, por não haver uma rotação completa de jogadores, ou, por outro lado, o factor psicológico sobrepor-se-ia a esse desgaste? 2.Correndo o risco de não ganhar a Taça da Liga, mesmo apostando tudo nela, será que a derrota psicológica e a fadiga acumulada se tornariam dois obstáculos ao objectivo principal? 

Quanto à primeira questão, ela foi respondida in loco pelos jogadores do Chelsea. Ganharam a Taça da Liga, e posteriormente a Premier League. Quanto à segunda, creio que ficará por responder.

O Chelsea neste momento é, indubitavelmente, um clube diferente. Tem uma rotina de vitórias implantada, continuando a dispor de condições financeiras de excepção. Subiu de patamar, portanto. AVB, ao afirmar que "abdica" da Taça da Liga, está a colocar a foco da equipa noutras competições. 

Lanço, então, uma pergunta:

O objectivo dos dois treinadores é ganhar vantagem em relação aos outros competidores, tendo em conta o objectivo final: ganhar a Premier League e a Liga dos Campeões. Partindo do principio que tanto um como outro atingem os seus objectivos para a Taça da Liga (AVB, lançar jovens; JM, ganhar ascendente psicológico), qual o meio mais eficaz para alcançar a sua meta principal? Os ganhos anímicos ou os proveitos da gestão física?